quarta-feira, agosto 25, 2010

A dificil vida dos smart griders e o custo das rampas de vento

Uma das grandes fés dos crentes na capacidade da "gestão da procura" alegadamente a realizar pelas "smart grids" é que, devidamente educadas, as pessoas se tornarão em Homens Novos e a fazerem o que é obviamente melhor para elas. Porque eles, os smart griders, sabem o que é melhor para as pessoas.
Ora não espanta, por isso, vê-los tão desanimados agora que uma sondagem aos "americanos médios" mostrou que, interrogadas sobre o que acham ser melhor para poupar energia, as pessoas tenham respondido "apagar a luz", "desligar o termostato (do aquecedor ou do ar condicionado)" e "guiar menos".
Desanimados porque as respostas que os smart griders pretendiam eram: "usar lâmpadas mais eficientes", "isolar as casas" e "guiar carros mais económicos". Que tudo isso custa dinheiro extra às pessoas, parece ser coisa que não ocorre a estes idealistas.
Entretanto, e a confirmar o que tenho mostrado, que as eólicas e em geral as fontes de energia renovável intermitentes (o que inclui o solar, em certos aspectos ainda mais intermitente que as eólicas) requerem um triplo financiamento, por um lado em centrais de reserva para quando a produção renovável cai rapidamente (rampas), e por outro lado em estações de bombagem para quando há excesso de produção, aí está a legislação que vai remunerar as novas centrais a gás natural e hídricas só por estarem lá a amparar as eólicas e mesmo que não produzam energia nenhuma: é uma portaria saida este mês que "remunera o serviço de disponibilidade".
Segundo o "i", serão 522 milhões de € para a EDP e a Tejo Energia, rectroactivos a contar desde 2007 mas a aplicar também quer às novas estações de bombagem a que chamam de hidroeléctricas, quer às centrais a gás cujo investimento estava parado por falta de perspectivas de amortização. E, como sempre, a verdadeira razão deste novo encargo é escondida dos portugueses pelas centrais de comunicação do lobby eólico, neste caso, imaginem, alegando uma suposta necessidade de concorrência com a Espanha...!
E adivinhem lá quem é que vai pagar para essa remuneração?

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas que concorrência vai haver com Espanha!?!?! A nível de empresas vamos ter a electricidade mais cara. Aparentemente esta taxa é para todos (ou estou enganado e são as familias, mais uma vez, a suportar estas despesas), logo as nossas empresas apanham por tabela.

No MIBEL quando nós temos vento também eles têm.... Mais uma vez fica o preço a ZERO.

E nós a pagar...